Podes copiar este poema de amor:
é igual aos outros,
tirante alguma ironia.
É um poema que fala de flor,
de caminhar sobre os morros,
de beber a luz do dia.
Eu te amo,
eu te amo,
eu te amo,
é o que reverbera sua poesia.
Copie o poema e, ao final,
coloque o teu nome.
É fácil:
pegue um papel,
uma caneta,
e anote os versos
e, caso surja uma palavra
de difícil digestão,
podes trocá-la
por uma palavra macia
como um pão.
E nem se preocupe
em colocar o nome do poeta:
o poeta morre,
o poeta é de carne,
o poeta sangra.
Uma bala perdida e
está morto o poeta.
Na poesia,
não há super-homens!
Viviane Rolando